Especialistas revelam os tons que trazem bem-estar
Descubra qual é a melhor cor
para você pintar os ambientes de sua casa
Coloque uma pitada aqui e outra ali dos matizes que mais lhe agradam. Uma
combinação bem dosada, mesmo entre tons fortes, pode aquietar o espírito e
intensificar a alegria. Claro, os aspectos culturais, geográficos e climáticos
têm influência na percepção das cores.
Mas o certo é que, em equilíbrio, proporcionam conforto. “A diversidade
cromática da natureza é fundamental dentro de casa, inclusive para estimular o
bom humor”, diz João Carlos de Oliveira César, professor de
tecnologia da cor da FAU-USP.
Um mix quente e iluminado


O vermelho se une ao amarelo e ao laranja e imprime força à decoração.
Porém, tome alguns cuidados. A combinação funciona melhor em cenários de clima
moderado. Nos lugares ensolarados o ano inteiro, onde a luz é mais intensa,
pode cansar e, em vez de acolher, causa estresse. Nuances picantes também não
se afinam com pessoas muito agitadas, sob o risco de uma overdose. Busque a
harmonia pontuando o espaço com uma tonalidade neutra: uma base cinza sempre
cai bem nesse arranjo.
Azul e marrom: combinação
leve

Ao lado do branco, o turquesa quebra a monotonia do marrom e propõe um jogo
relaxante. Enquanto o azul traz vida aos tons terrosos, estes ressaltam a
característica de quietude do azul, que remete à sensação de apreciar a
imensidão sem fim do céu e do mar. Por causa dessa capacidade de introspecção,
o tom azul estimula um sentido de refúgio próprio para dissolver a tensão do
dia-a-dia. “São impressões assim que garantem o conforto mental”, explica o
professor de psicologia do desenvolvimento humano Lino de Macedo,
da USP.
Nuances em torno do bege
Uma paleta de tonalidades neutras não precisa ser monótona. O truque?
Equilibrar tons fortes e delicados do mesmo matiz na decoração. Peças com
diferentes graduações de bege podem gerar uma atmosfera estimulante, pois o
olhar se encanta com o vai-e-vem das nuances. Quando o dourado se une ao cáqui
e ao bege, o resultado é uma vibração calma e aconchegante. Mas o ideal é ter
um elemento de tom contrastante. “Por gerar frieza, a neutralidade total não
esquenta a alma”, diz a física Monique Deheinzelin.
Verde: o tom que refresca
Tingir paredes de verde pode avivar lembranças cheias de frescor: um gole de
chá de menta, uma brisa, um passeio na montanha. Como perpetua a sensação de
encontro com a mata, o verde é sempre bem-vindo dentro de casa. “Cores que
derivam dos tons da natureza estão ganhando notoriedade”, conta o designer de
interiores Fabio Galeazzo. Esta mistura de tons traz uma
variação cromática que garante o alto-astral.
A ousadia veste rosa
Os tons derivados do rosa também garantem uma dose de calor quando combinada
com cores frias. “Características cromáticas tão diferentes convivem bem desde
que tenham luminosidade e saturação próximas”, explica o professor João
Carlos de Oliveira César. Com a fama de estar ligado ao universo
feminino em algumas culturas, o rosa ganhou uma aura moderna e evoca
sentimentos de afetividade. A cor aceita bem a companhia tranqüilizadora de
nuances próximas, como o roxo e o lilás.
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